|
|
Agentes ajudam executivos a traçar futuro
|
Como a maioria dos executivos, Harvey Maslin estava ocupado demais
trabalhando para administrar sua carreira. Quando deixou seu emprego
como o segundo principal executivo de uma firma de recursos humanos
nos EUA, ele sonhava aterrissar no topo de outra empresa. Então, conheceu
Joe Meissner, da Executive PR, uma agência de carreiras de São Francisco.
Meissner convenceu Maslin a montar sua própria empresa. O agente lançou
uma campanha de relações públicas para vender a imagem do executivo
mais como líder do que como subordinado.
Maslin acabou criando a WorldStaff, mantendo Meissner como consultor.
"Eu talvez pudesse ter feito isso sem ele, mas iria precisar de meia
dúzia de pessoas para me ajudar", diz Maslin. "E ia demorar mais."
Coma direção das funções e da carreira dos executivos mudando mais
freqüentemente, hoje em dia, e o aquecimento da demanda, nos EUA,
de executivos com nome reconhecido, o conceito de agente de carreira,
comum no mercado de esportes e de entretenimento, acabou penetrando
no mundo dos negócios.
Raquel Queiroz, da D. Queiroz, em São Paulo, diz que no Brasil a atividade
não é conhecida como "agente de carreira". Mas sua firma, que nasceu
no ramo de recolocação de executivos demitidos, tem trabalhado para
profissionais empregados que buscam ajuda para planejar a carreira
e tentar executar esse plano. São pessoas que ganham entre US$ 65
mil e US$ 200 mil por ano. Ela não assiste a abertura de empresas,
quando essa é a estratégia profissional definida com o cliente.
Sua atividade é parecida com a dos agentes, nos EUA, que combinaram
o treinamento de executivos e a consultoria de carreira com funções
de marketing e negociações. Eles ainda não são muitos. Em geral, trabalham
por uma porcentagem do salário que o cliente conseguir - o que também
acontece no Brasil, segundo Queiroz, embora ela mesma cobre preço
fixo por esse serviço.
Ter um agente, claro, não é para qualquer um. Esse é um serviço ao
alcance de diretores presidentes (CEO) e candidatos, assim como de
executivos sêniores, consultores, magos da alta tecnologia e astros
da reestruturação de empresas.
Agentes de executivos vendem seus conhecimentos sobre carreiras e
contatos. Maslin, por exemplo, jamais havia procurado emprego em 30
anos, e com contatos insuficientes, ele jamais havia consideração
seriamente um empreendimento. Meissner ofereceu "expertise", contatos
e uma visão para o futuro de Maslin. "Foi preciso que ele me colocasse
nesse processo para mostrar que nós podíamos fazer isso", diz Maslin.
|
|
|
|