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Chefe sobrecarregado, equipe desamparada

Era uma vez um tempo em que ser chefe significava supervisionar o trabalho dos outros. Mas hoje, nesta economia baseada no conhecimento e voltada à prestação de serviços, um número cada vez maior de administradores continuam a trabalhar junto com seus subordinados - criando e vendendo novos produtos, atendendo a clientes - ao mesmo tempo em que recrutam, orientam e supervisionam sua equipe.

Essa sobreposição de tarefas requer flexibilidade, diplomacia e energia. Embora isso seja gratificante para administradores que não querem deixar de fazer o que gostam conforme vão sendo promovidos, o acúmulo também pode ser estressante e difícil de lidar. Empregados podem sentir-se ignorados e desmotivados se o chefe está ocupado demais para lhes dar retorno. E até que ponto uma só pessoa pode dar conta de tarefas exigentes e empregados igualmente exigentes? Os papéis de administrador e fazedor combinam ou colidem?

Sandra Kresch é uma consultora, sócia da área de estratégia para os setores de mídia e entretenimento da PricewaterhouseCoopers nos Estados Unidos - e dessas pessoas tolhidas pelo redemoinho da gerência sobrecarregada. Às vezes, ela chega tarde de uma viagem a um cliente na Europa e tem de revisar as tarefas que sua equipe de 12 consultores juniores terá de realizar na manhã seguinte.

"Eles recebem de mim mais nervosismo e menos atenção do que se eu discutisse com eles no meio do dia", ela diz.

O problema é que Kresch gosta de ser consultora e não quer abrir mão do envolvimento com clientes. Mesmo assim, ela sente-se sobrecarregada, às vezes. Kresch dedica a maior parte de seus longos dias de t5rabalho a atividades com clientes. As manhãs e fins de tarde são reservadas para a equipe.

Também não falta quem diga que a harmonização das tarefas do gerente moderno depende dos subordinados. Ed Osborn pensa assim. Ele é sócio e fundador da Bingham. Osborn & Scarborough, uma firma de consultoria financeira de São Francisco. Osborn encoraja seus empregados a buscar ajuda não apenas com ele, mas também entre si. "Você tem de construir uma cultura de cooperação", ele diz.

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